Portugal: do desafio da fuga de talentos à oportunidade para empresas de tecnologia

Descubra como Portugal, apesar da fuga de talentos, se torna um hub estratégico para empresas de tecnologia e inovação que buscam expandir para a Europa.

Portugal vive um paradoxo: perde profissionais, mas ganha espaço como destino de negócios para a tecnologia.

Portugal vive hoje um paradoxo interessante e desafiador. Por um lado, enfrenta uma fuga significativa de talentos altamente qualificados. Estima-se que cerca de 40% dos jovens diplomados em áreas tecnológicas deixem o país todos os anos, procurando salários mais competitivos e melhores condições de carreira em mercados como Alemanha, Reino Unido ou Países Baixos.

Por outro lado, a procura por profissionais especializados em inteligência artificial, análise de dados, cibersegurança e desenvolvimento de software não para de crescer, revelando um mercado em franca expansão e carente de soluções.

De acordo com a IDC Portugal, a área de inteligência artificial (IA) é hoje a que apresenta maior escassez de profissionais, com previsão de crescimento da procura acima dos 20% ao ano até 2026.

Em seguida, estão as áreas de análise de dados, cibersegurança e desenvolvimento de software, todas com taxas de crescimento superiores a 8% ao ano. Este cenário, embora desafiador para empresas locais, abre uma janela estratégica de oportunidades para companhias estrangeiras que desejam empreender ou expandir operações em território português.

Como destaca Marcela Valença, Operations Manager do Cais do Porto:

“O momento é estratégico. Apesar da carência de profissionais qualificados, o país oferece um ambiente fértil para inovação, com incentivos fiscais, programas de atração de talentos internacionais como o Tech Visa e um ecossistema de startups cada vez mais dinâmico. Para empresas estrangeiras, Portugal representa tanto um ponto de entrada para a Europa como um espaço para co-criar soluções em áreas críticas como IA e cibersegurança.”

Além dos incentivos governamentais, Portugal diferencia-se por fatores intangíveis mas cada vez mais valorizados no mundo dos negócios. A qualidade de vida, o clima, a segurança e os custos operacionais relativamente competitivos em comparação a outros hubs europeus tornam o país um destino atrativo não apenas para empresas, mas também para os profissionais que elas desejam reter.

Outro ponto em destaque é a crescente aproximação entre universidades, centros de investigação e empresas privadas, que tem permitido alinhar programas de formação com as necessidades reais do mercado. Essa cooperação é fundamental para reduzir a lacuna de competências e criar um pipeline de talentos para os próximos anos.

No Cais do Porto, acreditamos que este é o momento certo para transformar o desafio da fuga de cérebros numa plataforma de oportunidades. Acreditamos que Portugal pode afirmar-se não apenas como um destino de qualidade para viver, mas como um território fértil para empresas globais inovarem, criarem novas soluções e conectarem-se com o mundo.

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